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DESASSOREAMENTO EM CURITIBA

Governo realiza desassoreamento na Região Metropolitana de Curitiba
Rios e canais dos municípios de Curitiba, São José dos Pinhais, Pinhais e Almirante Tamandaré estão passando por obras de limpeza e retirada de solos acumulados. As ações são coordenadas pelo Instituto das Águas do Paraná (AguasParaná) e receberam mais de R$ 5,6 milhões em investimentos. O objetivo é combater cheias e alagamentos na região.

“Estamos atuando em aproximadamente 43,70 quilômetros nos rios Iguaçu, Atuba, Belém, Barigui e Pequeno, além do Ribeirão dos Padilhas e dos Canais Intercavas e Paralelo. Nossa previsão é que os trabalhos sejam concluídos até abril deste ano”, explica o presidente do AguasParaná, Márcio Nunes.

De acordo com o diretor de Obras do órgão, Carlos Alberto Galerani, os locais de trabalho foram definidos a partir de discussões com as prefeituras municipais e de estudos sobre áreas de assoreamento. “Os serviços estão acontecendo em áreas consideradas prioritárias, buscando melhorar o escoamento das águas e evitar enchentes, minimizando os impactos sobre a população”, afirma.

As empresas vencedoras das concorrências trabalham de segunda a sábado e são fiscalizadas diariamente por engenheiros do AguasParaná. Os solos retirados passam por um processo de separação dos resíduos sólidos, que são encaminhados para aterros sanitários. Além do desassoreamento, está sendo realizada a poda da vegetação que impede o fluxo das águas e retém lixo.

Os moradores de bairros vizinhos às obras têm aprovado a iniciativa. “A paisagem está mais agradável e o problema com o mau cheiro diminuiu, mas não adianta apenas o Estado limpar: a população tem que conservar o rio limpo”, diz Grasiele Simplício, que vive no bairro São Judas Tadeu em São José dos Pinhais, onde está sendo realizada parte da limpeza do Rio Iguaçu.

Segundo o departamento de engenharia, os trabalhos de limpeza seriam facilitados e o risco de alagamentos minimizado se a população não destinasse os resíduos sólidos de forma inadequada, pois durante as chuvas esse material é levado para os leitos dos rios. Esse material pode bloquear a correnteza da água, aumentando assim o acúmulo de solos.

Lixo doméstico, móveis, brinquedos, peças de vestuário, aparelhos e utensílios domésticos, resíduos de construção civil, pneus, carcaças de veículos e cadáveres de animais fazem parte dos materiais “inusitados” que estão sendo retirados dos rios da Região Metropolitana de Curitiba. Somente no Rio Iguaçu estima-se que, aproximadamente, 100 caminhões diários de resíduos são destinados a um aterro particular próximo às obras.

TRECHOS – Os trechos de rios e canais da RMC que estão passando por serviços de desassoreamento são: Rio Iguaçu (14 km) – Na divisa entre Curitiba e São José dos Pinhais, da BR-277 até o Rio Miringuava. Canal Paralelo (9,7 km) – No Parque São José dos Pinhais, da Avenida das Torres até o Rio Miringuava. Canal Intercavas (6,67 km) – Na capital, do Rio Belém ao Zoológico. Rio Atuba (3,17 km) – No município de Pinhais, da Estrada da Graciosa até a Rua Apucarana; e da Rua Cassiano Ricardo até a foz do Atuba.

Rio Barigui (4,58 km) – Em Almirante Tamandaré, da Rodovia dos Minérios a sede das Águas Minerais Timbu e ao Bairro Areais; e na divisa com Curitiba. Rio Belém e Ribeirão dos Padilhas (2,5 km) – Em Curitiba, da Rua Bley Zornigh até a foz do Belém; e da Rua Eduardo Pinto da Rocha até a foz do Padilhas. Rio Pequeno (3,2 km) – Em São José dos Pinhais, do Rio Maciel até a foz do Rio Pequeno.

Fonte: Agência Estadual de Noticias