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Ministro das Cidades vê "nova consciência" dos gestores municipais para a questão do saneamento

O ministro das Cidades, Mário Negromonte, vê uma "nova conscientização dos gestores municipais sobre a importância do abastecimento de água e das instalações para o saneamento básico" no país. Isso deverá resultar em avanços mais significativos para a população nessa área, com os novos investimentos que estão previstos para os próximos anos. Ele falou sobre o assunto a propósito da divulgação, ontem (19), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Atlas do Saneamento 2011.

O documento mostra a evolução desses serviços entre 2000 e 2008 e avalia que houve avanço no número de municípios cobertos por redes de saneamento básico, em todas as regiões, apesar de "persistirem diferenças regionais marcantes". Isso ocorre na prestação de serviços de esgotamento sanitário, de abastecimento de água, de manejo de águas pluviais e de resíduos sólidos, de acordo com o documento.

Negromonte culpou "governos passados" pelo baixo investimento no setor e elogiou o governo do ex-presidente Lula, quando foram aplicados R$ 40 bilhões em abastecimento de água e saneamento. Para a segunda etapa do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC 2), estão previstos mais R$ 45 bilhões. Nos próximos 20 anos, conforme Negromonte, terão que ser investidos R$ 420 bilhões para universalizar o saneamento básico.

Para o ministro "há o que comemorar nessa área atualmente, pois o abastecimento de água nas áreas urbanas já ultrapassou a Meta do Milênio, com a cobertura de 95% dos domicílios, enquanto os serviços de saneamento estão presentes em 80% dos domicílios. Para Negromonte, o Poder Público municipal hoje "está conscientizado de que tratar de água e saneamento é tratar da vida". E, destaca que os movimentos sociais vão continuar tendo um papel muito importante nos avanços, pois a sociedade é que traz as demandas da população para os governos, acentuou.

O ministro chama a atenção para a necessidade de os municípios terem seus planos diretores de ocupação do solo bem definidos, para que possam se candidatar a verbas públicas, o que vale também para a definição de espaços necessários ao avanço do Programa Minha Casa, Minha Vida. Mário Negromonte falou sobre o assunto em entrevista nesta quinta-feira (20) no programa Bom Dia, Ministro, da EBC Serviços, uma produção multimídia feita com a participação de âncoras de rádio de todo o país.

Lourenço Melo Repórter da Agência Brasil